“ Naquele momento, Jesus foi tomado da
alegria do Espírito Santo e disse: “Pai, Senhor dos céus e da terra, eu te
agradeço porque escondeste estas coisas dos que se consideram sábios e
inteligentes e as revelaste aos que são como crianças. Sim, Pai, foi do teu
agrado fazê-lo assim", (Lc.10:21).
Ser como criança é ter um coração ensinável, manso, que recebe e está
pronto para refletir sobre.
Muitas vezes, estamos tão cheios, que não permitimos que entre o novo.
As novidades de Deus precisam de espaço e não se misturam. É como vinho novo,
que precisa de odre novo.
Quando Jesus, falou para Nicodemos (Jo.3), que era necessário nascer
de novo, estava falando da necessidade de deixar de lado, tudo o que permeava
sua alma e Nicodemos não entendeu. Da mesma forma, a nossa alma, não entende
isso facilmente. Nicodemos perguntou-lhe: Como posso voltar ao ventre de minha
mãe e nascer de novo? E de modo diferente, fazemos os mesmos questionamentos:
como? através de lavagem cerebral? Não!
Deus não trabalha com lavagem cerebral, mas nos confronta, nos leva a
refletir sobre, como estamos conduzindo nossa vida e nos alinha à Sua vontade.
Precisamos entender que a nossa alma, pende para o natural e cai
facilmente no carnal, porque precisa de algo que possa tocar ou que tenha
lógica.
Mas o Abba está acima do natural, acima do nosso tempo “cronos” e faz
a Sua vontade usando as coisas loucas, fora da caixa, longe da nossa lógica, um
verdadeiro confronto.
“Deus escolheu as coisas que o
mundo considera loucura para envergonhar os sábios, assim como escolheu as
coisas fracas para envergonhar os poderosos. Deus escolheu coisas
desprezadas pelo mundo, tidas como insignificantes, e as usou para reduzir
a nada aquilo que o mundo considera importante”, (I Co.1:27-28).
A nossa alma, anseia pelo lógico, gosta de mensagem motivacional,
mãozinha na cabeça, status, rótulos. Como ouvir conselhos sobre questões de uma
pessoa que não tem experiência? Não tem lógica! Mas quando entendemos, que não
se trata de nós e de que o Pai, trabalha como quer e não do nosso jeito, nos
abrimos para o novo, e como somos surpreendidos.
Esquecemos que, sem Deus, muitas vezes as experiências, são apenas bagagens
e peso. O Abba, está, sempre, além das nossas expectativas. Não se trate de
mim, mas dEle: “Pois todas as coisas vêm dele, existem por meio dele
e são para ele”, (Rm.11:36).
Temos o exemplo de Pedro, num momento ele estava sendo projetado para o
seu propósito e no outro foi, duramente, repreendido e Jesus, ao repreendê-lo,
completa: “ ... Considera as coisas apenas do ponto de
vista humano, e não da perspectiva de Deus” (Mt.16:23b NVT).
Eis a questão, a nossa perspectiva é carnal, por isso, só em Deus,
conseguimos se alinhar ao propósito. Nem santos, conseguimos ser, com a força
do nosso braço, com a nossa inteligência. Sem Deus, as nossas ações, serão
meras obras e Ele não se move por obras. Não fomos alcançados pelo que fizemos,
pelo contrário, muitos eram inimigos de Deus (Rm.5:10).
Precisamos do Espirito Santo, para nos convencer do pecado, juízo e
justiça – “Quando ele vier, convencerá o
mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo.16:8). Só através do Espirito
Santo, conseguimos entender e viver o propósito do Pai para nossas vidas.
Só haverá mudança, se houver arrependimento e salvação, se nos
mantermos conectados ao Pai. O Espirito Santo é o elo, o penhor da nossa
salvação (Ef.1:14), a garantia de que temos o livre acesso. Precisamos buscá-lo
mais e mais, aquele que estiver limpo, limpe-se mais ( Ap.22:11b).
Com o Espirito Santo, eu consigo entender que Deus se move, através de
tudo. Tudo fala: uma nuvem, um olhar, um sorriso, um gesto. Já recebi lições,
através de gestos de bondade, de uma pessoa que não tinha a mesma fé que eu. Já
fui repreendida, com gesto de amor e como constrange, como ensina!
Deus se move como quer, é Livre: fala como quer e através de quem
quiser. E aos Seus, cabe atentar, ouvir e obedecer. Quanto mais buscamos, mais
Ele será achado. Quanto mais mergulhamos, mas vislumbramos Sua Perspectiva, Seu
Olhar, Sua Glória e nos damos conta do quão pequenos somos, apenas filhos, cada
um em sua fase, mas todos caminhando para o propósito: crescer em Deus, até
alcançar a estatura perfeita de Cristo, como filhos maduros.
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