FALANDO DE MIM....
Nasci em Manaus/AM, como primogênita de seis irmãos, em uma família católica apostólica romana, não praticante, mas que me levou a fazer catequese, primeira comunhão, crisma e até o desejo de ser freira.
Sempre fui curiosa e desde muito
cedo, sempre me interessei sobre religiões, filosofias - queria saber mais, mal sabia que era
sede de Deus.
Mas,
na minha caminhada, cheguei em um ponto em que conclui que Deus não existia, que
era uma invenção humana, porque era mais fácil alegar que Ele criou tudo e
assunto encerrado.
A
partir da adolescência, desenvolvi esse pensamento, sobrevivi sem Deus, em uma
família cheia de desafios, até sentir, novamente, uma grande necessidade de
buscá-lo, pois todas as respostas que procurava me levavam de volta ao Pai.
Eu ansiava por respostas, não me conformava
com o que via ou ouvia, queria a verdade, aquilo que está além das espumas e em
Cristo tenho sido surpreendida, a cada dia.
Em
Cristo, tenho encontrado a verdade e feito descobertas maravilhosas, algumas
não consigo expressar, não acho palavras ou expressões suficientes.
Como
cristã, desde que me converti, sempre religiosamente dedicada. Embora
questionasse tudo, não perdia um culto, anotava até a respiração do pastor Renê
e tudo era uma descoberta, algo novo e procurava absorve tudo com avidez.
Não
precisava de convite ou motivação da minha discipuladora, para ir ao culto e,
pelo contrário, eu – como boa chata - é que cobrava a presença dela. Não
importava a distância, morando perto ou longe, indo até a pé, quando foi
preciso, sempre comparecia religiosamente.
Era
uma religiosa, aprendi dessa forma e para me desintoxicar disso, não foi fácil,
porque acreditava que era o certo.
Ser
religiosa é criar rituais desnecessários e querer que os outros façam da mesma
forma. Então vem as regras: pode isso ou não pode aquilo, etc.
Toda
instituição deve ter suas normas e regras, porque alinham a convivência e isso
é bom. A Igreja, em que eu congregava, por exemplo, tinha as suas regras, como qualquer
instituição e eu não era religiosa por causa das regras da Instituição.
Penso
que a religiosidade é cultivada dentro de nós, como uma erva daninha e acontece
muito com o novo convertido. A conversão é algo novo: nova realidade, que
envolve novas descobertas, mas poucos ensinam que é um início de uma jornada, um
processo, que envolve renúncias e principalmente relacionamento com Deus e a verdadeira meta é colocar o Reino de Deus e a Sua Justiça em primeiro lugar.
Ocorre, que nessa
nova jornada, onde tudo é novidade, um novo convertido, como uma criança, não
tem como discernir os ensinos que recebe. Glória a Deus, pelo Espirito Santo,
que mostra o caminho a todo aquele que busca e nos move a se relacionar
com o Pai.
O
ativismo na Igreja não substitui Deus, já vi e ouvi muitos dizerem que é estratégico
encher a pessoa de atividade, para não ter tempo de pecar. E o resultado é um
distanciamento de Deus, por falta de relacionamento com o Pai, porque não houve
essa motivação. Quando você percebe, está mais comprometida com metas humanas e
carnais de homens, do que com Cristo.
E
muitos enrijecem o coração, não se permitindo renunciar as suas verdades, construindo
verdadeiras fortalezas mentais: se não for do meu jeito..., o errado é
sempre o outro, que pensa diferente. E seguimos com as nossas bandeiras (do nosso coração, do pastor e da instituição) e esquecemos
o estandarte que devemos erguer.
Eu
me deparei com esse confronto e minhas estruturas, foram abaladas.
Em 2010, já morando na Bahia, em Salvador fui a um Congresso em Porto Seguro, como o tema “ O Reino de Deus Chegou! ”. O palestrante principal era Mylles Monroe e foi um divisor de águas na minha vida, assim defini na época, e realmente foi, embora reconheça que, não tinha o entendimento de Reino de Deus que tenho hoje. Algo mexeu em meu espírito e ali começava o início de um novo ciclo da minha jornada
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